Apresentação de Baianidade na mídia (27-11-09)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Herbert Viana: exemplo de superação

‘Herbert de Perto’ mais que documentário é um retrato de superação daquele que desde o começo liderou os Paralamas. Nordestino e filho de brigadeiro da Aeronáutica, Herbert Viana nunca abandonou a vontade de voar e a extrema habilidade musical. Apaixonado pelos filhos e pela esposa, Lucy, ele ‘renasceu’ em 2001 para a alegria da música brasileira.

Herbert não queria chorar com o documentário, mas até mesmo quem não se identifica com o som dos Paralamas do Sucesso se emociona com as imagens que narram a trajetória da vida dele. Os diretores, Roberto Berliner e Pedro Bronz, conseguiram realizar aquilo que propunham: ‘mergulhar na vida de um dos mais talentosos músicos brasileiros’ e mostrar ‘uma visão íntima e corajosa da vida e carreira do líder do Paralamas do Sucesso’.

O documentário começa na Paraíba, vai a Brasília, ao Rio, e até mesmo a Argentina. O pequeno Herbert e o irmão, Hermano, tinham aulas de violão quando moravam em João Pessoa, mas não demorou muito para Herbert ensinar ao próprio professor o que é dedilhar com talento nato. O violão foi trocado logo pela guitarra que nos anos 80 emplacou sucessos como ‘Óculos’, ‘Meu erro’, ‘Romance Ideal’, ‘Mensagem de Amor’, ‘Alagados’ e ‘Lanterna dos Afogados’. Hebert ao lado de Bi Ribeiro e João Barone são considerados por alguns como quarteto sagrado do rock brasileiro, juntamente com o Barão Vermelho, Titãs e Legião Urbana.

Sem ser apelativo, o documentário mostra ainda o acidente de ultraleve em que Lucy, a esposa de Herbert, morreu e o líder do Paralamas ficou paraplégico. Herbert se recuperou de forma admirável e as palavras deles em uma parte do documentário mostram qual o motivo da superação. Ele não lembra como aconteceu o acidente, mas lembra de estar caminhando com Lucy em direção a um a luz branca e ela pede para ele voltar e cuidar dos filhos deles.

Peça teatral nada brasileira

Tenho boas lembranças do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (Fiac) do ano passado. Foi o primeiro realizado e apesar disso, teve organização e trouxe para a Bahia espetáculos internacionais (França, República do Congo, Argentina e Portugal), nacionais (Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Brasília e Santa Catarina), e os baianos, claro, não ficaram de fora. Para os amantes do Teatro é uma ótima oportunidade de acompanhar o que está sendo produzido na área e também é uma chance de perceber as diferenças e peculiaridades destas produções.

Assisti no primeiro Fiac aos espetáculos ‘O Grande Criador’ (Portugal), ‘Melodrama’ (Rio de Janeiro), ‘O Cantil’ (Ceará) e os baianos ‘Deus Danado’, ‘O Sapato do Meu Tio’ e ‘Policarpo Quaresma’. Dessa vez, no segundo Fiac realizado em Salvador, meu primeiro dia não foi muito bem. Acabei de perder uma peça por descuido, perdi por questão de minutos. Na verdade, deixei de assistir a um espetáculo pelo hábito, nada conveniente, do brasileiro de chegar atrasado aos lugares. A peça teatral em questão era ‘Neva’ do grupo chileno Teatro El Blanco, que se debruça sobre temática de cunho político e social. O grupo deve apresentar também a montagem ‘Diciembre’. Ambas as peças estarão na sala do coro do Teatro Castro Alves.

Saí de casa às 18h50, visto que moro ao lado do TCA, fui ao banco sacar dinheiro e às 19h03 estava na portaria do teatro. Porém, fui informada pelos seguranças que as portas da sala do coro já haviam fechado. Indignada, ainda tentei entrar, conversei com inúmeras pessoas que poderiam permitir minha passagem e nada. ‘Neva’ começa exatamente às 19h e quem tiver fora não entra mais. Já assisti a outros espetáculos no TCA e nunca fui barrada. Pelo contrário, geralmente, consigo chegar antes e escolher o lugar onde me acomodar, mas dessa vez, perdi o ingresso e o que eu tinha programado para o sábado à noite foi por água abaixo.

Lembrando que no mesmo horário, o Campo Grande estava cheio de crianças e pais saindo do show ‘Patatí, Patatá’, na Concha Acústica. O típico fluxo de pessoas, carros, buzinas, congestionamento... Uma confusão. Vai saber, a peça é chinela e se passa em São Petersburgo, na Rússia; nada brasileira.

Festa de Omolu no Ilê Axé Opô Afonjá

É normal aos homens, numa visão etnocêntrica, se apegar às diferenças entre as religiões para reafirmar a sua. São comuns as críticas aos santos, aos orixás, à postura dos evangélicos, aos costumes dos hippies, ao modo de vida dos muçulmanos, enfim, o que é diferente a uma cultura é considerado bizarro, estranho para outra e por isso merecedor de críticas.

No entanto, como afirma o relativismo, todo julgamento é relativo a uma cultura. Não dá para julgar as práticas e os costumes alheios sem conhecê-los. É necessário se colocar no lugar do outro, entender como o outro vê o mundo para só então formar uma opinião sensata. Isso implica numa observação participante e num convívio prolongado com outras culturas sem tentar compará-las com o que julgamos como mais correto.

Assim, os trabalhos de campo são fundamentais para tentarmos relativizar o que consideramos diferente. Em maio de 2008, minha equipe de antropologia fez duas visitas a Igreja Universal do Reino de Deus. Primeiro, participamos de uma sessão do descarrego e na segunda visita acompanhamos o trabalho de um grupo de jovens.

Alguns dias depois, eu e outra equipe fomos ao Terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, na Rua Direita de São Gonçalo do Retiro. Fundado em 1910 por Eugênia Anna dos Santos (Mãe Aninha), ele é um grupo dissidente do Terreiro da Casa Branca. Na época, fizemos uma visita em dia comum e participamos de apresentações dos alunos da Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos que funciona dentro do terreiro.

No dia, as crianças retratavam a criação do mundo e o mais interessante era que elas passavam para nós ao mesmo tempo a visão do candomblé e a visão da ciência sobre o tema. Além disso, elas aprendem dentro da escola algumas palavras da língua yorùbá. O idioma é falado pelos povos yorùbás há muitos séculos e é falado também na Nigéria, Benin, Togo e Serra Leoa. No continente americano, ele é utilizado em ritos afro-brasileiros. Por essa iniciativa, a Escola é pioneira no Brasil e é a concretização do sonho de Mãe Aninha e de Mãe Stella de Oxossi – desde o dia 11 de junho de 1976, Mãe Stella tomou posse como Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá por morte de Mãe Ondina de Oxalá.

Desta vez, meu retorno à Rua Direita de São Gonçalo do Retiro foi em nome da disciplina Cultura Baiana e Brasileira e antecipo de imediato que voltar ao Ilê Axé Opô Afonjá foi uma experiência incrível. Dia 26 de outubro deste ano, uma segunda-feira, o terreiro estava em festa por Omolu, também conhecido como Obaluaiê. O coração diante da porta do barracão ficou apertado, quase a saltar pela boca, mas no final estava mansinho. Eu e meus colegas de sala nunca tinham estado em um terreiro em dia de festa, portanto, não sabíamos o que esperar, estávamos diante do desconhecido, eis o motivo da ansiedade.

A música e a dança são elementos fundamentais do candomblé, acredito que são inseparáveis. Os atabaques começam a festa e aos poucos as pessoas iniciadas no candomblé pela Iyalorixá vão chegando em grupos ao barracão. Eles formam uma roda e começam a dançar. Noto que a cada nova ‘música’ tocada nos atabaques, os gestos da dança mudam, ora os braços balançam de frente para trás, ora as pessoas intercalam os gestos com rodopios, ora jogam os braços em direção ao centro da roda. Lembro como as pessoas presentes, aquelas que estavam ali para assistir, também dançavam e cantavam as músicas com desenvoltura. Algumas crianças ficavam, inclusive, atrás dos tambores formando uma espécie de coral. Enquanto isso, nós, que não crescemos naquela cultura, não conseguíamos compreender o que as letras diziam.

Somente ao chegar ao Ilê Axé Opô Afonjá lembrei que cada orixá tem sua cor preferida. Fui de vermelho e por sorte, fui informada que as cores de Omolu são preto, vermelho, branco e amarelo ou dourado. Ou seja, minha roupa não estaria dissonante. Portanto, poderia me sentir melhor.

No começo da festa, não fiquei surpresa, a música e a dança eram agradáveis, me senti à vontade e percebi como a música baiana incorpora a sonoridade dos atabaques, o que faz da música brasileira ainda mais diversificada. Os adeptos do candomblé relatam que é em uma roda que define-se o sentimento pela religião, pois eles festejam a natureza, festejam o nascimento, festejam os orixás e que vai pela primeira vez e se apaixona pelo que acontece durante a festa, não deixa o candomblé nunca mais.

É um momento mágico, de fato, vê as pessoas demonstrando tradição, responsabilidade, respeito e muita alegria por adorar os seus orixás, que são, na verdade, os descendentes dos africanos e também do povo brasileiro formado pelos escravos, índios e portugueses. Somos descendentes destas três matrizes étnicas e logo, também somos descendentes dos orixás. Mas quem é do candomblé percebe os orixás movendo suas vidas e mostrando-lhes o caminho a seguir.

Imagino como é uma alegria para eles sentir os seus deuses em forma humana, pois em outras religiões, Deus e os deuses são colocados como divinos e não possuem os defeitos humanos. Já no candomblé, quando os orixás se manifestam nas pessoas iniciadas, é uma alegria, visto que todos presentes no barracão podem se energizar. Os deuses do candomblé possuem personalidade, habilidades e características humanas como a raiva. Omolu, por exemplo, é o Deus da Morte, ele tem o poder de enviar e curar doenças epidêmicas e individuais.

Confesso que me senti apreensiva quando os orixás começaram a se manifestar por nunca ter presenciado tais cenas. Do momento de transe, posso resumir que a princípio fiquei um pouco assustada por ver filhos e filhas de santo rodopiando, alguns virando os olhos e outros gritando. Abaixei a cabeça várias vezes para evitar mirá-los. Mas aos poucos, observei que as pessoas iam se sentindo energizadas e como os orixás trazem força e proteção. Assim, eu não sofreria nenhum mal. Na segunda etapa, os filhos de santo entravam no barracão vestidos como Omolu – com corpos cobertos por véus e vestes de palha. Esta etapa, para mim, foi a mais bonita, o primeiro ‘impacto’ já havia passado e a minha opinião sobre a festa estava formada. No final, era a hora da oferenda: pipoca sem sal, feijão-preto e feijão-fradinho, aberém, servidos em folhas de bananeira. Os visitantes recebem as oferendas das mãos dos filhos de santo.

Lembro que participei da festa e somente depois, quando cheguei em casa, pesquisei sobre Omolu. Além disso, compreendi, pesquisando, o porquê de todas as pessoas que estavam presentes no barracão, exceto as que não eram do candomblé, batiam a mão direita no solo três vezes a cada nova música dos atabaques. Esta é a saudação de Omolu acompanhada pelas palavras “Atotô, Atotô, Atotô”, que significa “Silêncio, Silêncio, Silêncio, ele está entre nós! Ele está entre nós!”.

Pierre Verger já dizia que “O Candomblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta, ao contrário da maioria das religiões”. Essa religião trazida ao Brasil pelos escravos é símbolo de resistência, luta e força. Minha experiência no Ilê Axé Opô Afonjá foi muito importante, pois vi todos os preconceitos que escuto em segmentos da sociedade caírem. Saí de lá com uma energia boa, porque percebi a expressão em cada rosto daqueles que conseguiam se sentir na presença de uma entidade superior. As crianças crescem naquela cultura, seguem os passos dos seus pais, sabem o yorùbá e vão manter vivas as raízes do Candomblé.

Yorùbá: língua, memória e parte da consciência do povo negro



Diferente de línguas mortas como o latim, o grego arcaico e o aramaico, há uma língua de tradição falada, surgida há milênios e que atravessou o Oceano Atlântico nos porões nos navios negreiros vindos da costa ocidental africana para sobreviver até hoje na Bahia: o yorùbá.

Dividido em centenas de dialetos e falado por 30 milhões de pessoas espalhadas por Benin, Nigéria, Togo, Serra Leoa e Cuba, termos como abadá, acarajé, afoxé, agogô, axé, caruru, ilê, kabula, oiá, vatapá, xinxin e zumbi mostram que palavras do dicionário yorùbá também fazem parte do dia-a-dia dos baianos. “O yorùbá é tão falado aqui na Bahia que as pessoas usam palavras no diálogo e não sabem que têm origem no yorùbá”, explica a coordenadora pedagógica da Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos, Alexsandra Oliveira.

Antes mesmo da implementação da lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história da África e da cultura afro-brasileira, a Escola, nascida informalmente na década de 70 como uma creche, já era referência no ensino das tradições e dos mitos africanos. Apesar de não existir uma disciplina específica para o ensino do yorùbá, a diretora Ana Lice Mendes esclarece que as crianças aprendem palavras de saudação e formas de tratamento da língua.



Chegada
Três grandes grupos foram trazidos para o Brasil no século XVI: Yorubá, culturas africanas islamizadas e tribos Bantu. Desde aquela época, a África era uma imensa babel de línguas e o Yorùbá era mais um idioma da família lingüística nigero-congolesa. Mas a língua ganhou destaque no estado baiano por ser a língua adotada pela Nação Ketu. “A maioria dos negros que chegaram à Bahia veio da Nação Ketu e o yorùbá é mais falado nas regiões originárias dessa nação”, ressalta a vice-diretora da escola, Ivanildes Nascimento.

O ensino
“Nós não ensinamos o yorùbá. Nós utilizamos palavras como paz, amor, com licença, bom dia, boa tarde, até logo... É uma forma de resgate da cultura africana, mas não existe uma disciplina especifica para o ensino do yorùbá na escola, até porque não é nosso objetivo. A escola é conveniada à Prefeitura Municipal e as matérias atendem a um currículo sistêmico. Implantar o yorùbá dentro desse sistema seria complicado, pois é uma língua muito difícil que pode gerar interpretações dúbias. Então, passar isso para as crianças seria um tanto complicado”, afirma a diretora da Eugênia Anna dos Santos.



A escola fica na rua Direita de São Gonçalo e funciona dentro do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, comandado pela ialorixá Mãe Stella de Oxossi. Em 1992, a escola foi incorporada ao sistema ensino de Salvador atendendo, atualmente, crianças 6 a 14 anos da 1ª a 4ª série. No entanto, mesmo que o projeto pedagógico contemple processos referenciais da cultura afro-brasileira, há crianças de outras religiões que seguem o conteúdo regular do Ensino Fundamental. A coordenadora pedagógica, Alexsandra Oliveira, afirma que a escola não trabalha com religião e sim com o resgate cultural.

Neste contexto, a referência estabelecida pela Escola Eugênia Anna dos Santos com o Yorùbá ajuda a fortalecer o elo Bahia-África. “É importante falar que a proposta da pedagogia da escola é o resgate da cultura afro-brasileira. O yorùbá é uma das diversas línguas faladas no continente africano, então, se nós trabalhamos com o resgate, porque não fazer referência a essa língua que é tão utilizada por este povo? São palavras mágicas que de certa forma ajudam a não deixar a língua perder. Se trabalhamos como a cultura afro-brasileira porque não trabalhar com os elementos dessa cultura como um todo?”, conclui a coordenadora.

Lula assina o reconhecimento de três áreas quilombolas no estado

Para 137 famílias quilombolas da Região do Rio São Francisco, a comemoração do Dia da Consciência Negra neste ano representou ainda mais do que tradição, identidade e reflexão. A data marca, também, o reconhecimento legal de posse dos territórios herdados de seus ancestrais.

As comunidades Jatobá, Lagoa do Peixe e Nova Batalhinha já foram refúgios para os escravos que alimentaram a economia da região no período colonial. Até hoje, os seus descendentes sobrevivem na área praticando a agricultura familiar e de subsistência, a pecuária e a pesca. Estes três territórios, às margens do Rio São Francisco estão entre as trinta comunidades quilombolas espalhadas pelo país contempladas por decretos de regulamentação de terras que foram assinados pelo presidente Lula às 17h do dia 20 de novembro, na Praça Castro Alves, centro de Salvador.

Pela primeira vez, termos de reconhecimento de territórios remanescentes de quilombos envolvem desapropriação de terras. Segundo o coordenador de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra, Flávio Assis, muitos membros de territórios remanescentes de quilombos deixaram esses locais aos poucos, mas com a regularização, as comunidades podem ter mais estabilidade.

“Maior parte das comunidades quilombolas ficaram esquecidas do poder público no período pós-escravidão. Essas comunidades vivem da terra, tem uso coletivo da terra. Elas preservam muito sua cultura, suas tradições e a regularização fundiária vem justamente dá segurança a essas comunidades que por muito tempo passaram por um processo de expropriação desses territórios”, diz Assis.

Além da obtenção legal de 15.946 hectares, a partir de agora, as famílias de Jatobá, Lagoa do Peixe e Nova Batalhinha passam a ter prioridade na implementação de projetos do Governo Federal como o Luz Para Todos e o Bolsa Família. Enquanto isso, outras 22 comunidades quilombolas baianas esperam o reconhecimento por meio de portarias emitidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Em treze comunidades, o RelatórioTécnico de Identificação e Delimitação (RTID), que identifica e delimita territórios utilizando pesquisas de ancestralidade, tradição e organização, foi publicado no Diário Oficial do Estado. Outros doze grupos aguardam a conclusão dos relatórios de reconhecimento pelo INCRA.

País
No total, foram regularizados 342 mil hectares em 14 estados brasileiros, com 30 comunidades reconhecidas oficialmente pelo Estado. O Maranhão encabeça a lista, com cinco áreas beneficiadas, alcançando um total de 654 famílias. Além das comunidades baianas e maranhenses, o decreto abrange grupos de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para o diretor de Ordenamento da Estrutura do Incra, Richard Torsiano, a medida, adotada pela primeira vez, tem um significado importante para a população brasileira. “O Governo Federal assume uma responsabilidade, assume um papel de resgatar uma dívida histórica com essas famílias”, diz Torsiano.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

30 Quadros por Segundo

O filme retrata,a vida de três adolescentes que moram em Nova York, apesar de serem amigos e andarem sempre juntos, cada um vive em seu universo.
Sammer tem o sonho em morar no Alasca e reencontrar seu pai, Ween tem o sonho de se torna patinadora de gelo profissional e ir para as olimpíadas e Dukie tem o sonho de ser um grande soldado norte-america.Estes jovens cheios de sonho,vivem uma vida de extrema dificuldade para ganhar dinheiro fácil, eles roubam as câmeras do turistas e depois assistem as gravações do turistas e conhecem o mundo através das imagens gravadas pelas próprias vítimas e também eles alugam a câmera para conseguir dinheiro para realizar seus sonhos.
Em 30 quadros por segundos, o mundo é mostrado no olhar destes três jovens , é um filme surpreendente do início ao fim.

Visita ao terreiro

É festa no terreiro
É a noite do Sagrado
É a noite de Omulu
Os atabaques anunciam
O elo entre o homem, os sagrado e a música
Abriu-se a roda
Por mulheres com seus vestidos rodados e rendados
Os homens com um traje específico
Eles falam com o corpo
E interpretam com a alma
Entregam seus corações a sua crença, a sua religião
A música ressoa pelo ar
O corpo fala, o corpo grita
E o ambiente é completamente tomado pela fé
A Bahia respira a África
E a África sente a Bahia
Tudo se mistura e vira uma coisa só